quinta-feira, 11 de outubro de 2012

TIC na Justiça portuguesa são um bom exemplo

Parece que nem tudo vai mal no mundo da justiça portuguesa. Quem o diz é a Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ), que acaba de publicar o relatório sobre a qualidade e eficiência da justiça na europa. O relatório é de 2012 mas baseia-se em dados até 2010. 

Para a avaliação do nível de informatização dos sistemas judiciais europeus foram consideradas três áreas:
  • Infra-estruturas e equipamentos informáticos utilizados para prestar apoio a magistrados e funcionários judiciais (Q62);
  • Aplicações e sistemas de registo e gestão de processos (Q63);
  • Sistemas para a comunicação e troca de informações entre tribunais e os restantes interlocutores nos processos (Q64).

E como fica Portugal na fotografia europeia?




Como resulta da tabela e do texto que a acompanha no relatório, só há quatro países que se destacam, cumprindo todos os requisitos definidos: Áustria, Estónia, Malta e surpresa, Portugal!

Sempre considerei que as TIC são uma ferramenta estratégica para transformar o panorama de falta de eficiência e qualidade na justiça portuguesa. Este é uma área que deve merecer a atenção e o consenso de governantes, magistrados, advogados , funcionários judiciais e de todos os que trabalham para uma justiça melhor.

Entre 2005 e 2008 tive o privilégio de coordenar o projecto de informatização dos tribunais e de contribuir para o  lançamento do projecto Citius. Os resultados agora publicados são motivo de orgulho para todos os que trabalharam para a informatização dos tribunais nos últimos anos. E são também um bom incentivo para o muito trabalho que ainda está por fazer.

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